O inferno são os outros. Na peça ENTRE QUATRO PAREDES, encenada pela primeira vez em 1944, Sartre mostra uma danação eterna sem enxofre, fogo e torturas. Aqui, a falta da liberdade, limitada pelos outros, é interpretada como sendo a pena, por excelência, do inferno. A trama se passa numa sala de vistas, onde três pessoas desconhecidas se encontram. Elas estão mortas e a sala representa o inferno. Não existem espelhos, nem janelas, nem portas. A luz não se apaga, numa reflexão sobre o vazio da vida e a falta de esperança. ENTRE QUATRO PAREDES traz um inferno onde todo o sofrimento é infligido pelos outros pela incapacidade que cada um tem de fugir ao olhar e julgamento alheios. A morte é a objetivação final. Não há como mudar a história, nem como adotar novas posturas em relação aos outros e construir um novo sujeito. A vida já foi vivida, decisões tomadas, não há como escapar dos rótulos o covarde, a assassina ninfomaníaca, a lésbica. A peça traz quatro personagens um criado, duas mulheres e um homem. O criado, sóbrio, recebe seus hóspedes condenados a uma eternidade em companhia um dos outros, mas alegando inocência. Joseph Garcin, desertor, jornalista, falso e cruel com a esposa. Passa mais tempo preocupado com a opinião dos vivos sobre ele do que com as mulheres a seu redor. Inez Serrano é uma lésbica manipuladora, ex-funcionária dos Correios, sarcástica e irônica. Não admite estar fora do comando da situação e odeia Garcin com a mesma intensidade que deseja Estelle
Peso: | 0,18 kg |
Número de páginas: | 128 |
Ano de edição: | 2005 |
ISBN 10: | 8520005594 |
ISBN 13: | 9788520005590 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 7 |
Componente da série : | Livro |
Idioma : | Português |
Assuntos : | Teatro & espetáculo |
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