É inevitável pensar a centralidade do futebol na construção de um torcedor, nos seus gostos, trejeitos, preferências e prazeres. E é exatamente por isso que é inevitável pensar que esse torcedor, o sujeito, que ali está formado, também é produto de uma lógica extremamente violenta dentro da qual homens heteros sempre enxergam a naturalidade. Inclusive porque é no futebol que percebemos as nossas principais sociabilidades, sobretudo porque é onde somos testados e testamos a masculinidade alheia, dos colegas de clube ou não. Evidente que a sociabilidade futebolística não está resumida a um discurso de violência simbólica e física masculina. O futebol é um campo muito rico de expressões populares e coletivas. Uma grande galáxia, repleta de sistemas de diversas escalas que expressam comunidades que se projetam a partir dos clubes. Mas, ainda que seja difícil e penoso, é preciso reconhecer que um dos combustíveis dessa paixão, para uma boa parte desses sistemas, tem como matériaprima a necessidade de rearmação constante da nossa frágil masculinidade.
Peso: | 0,185 kg |
Número de páginas: | 152 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8546216967 |
ISBN 13: | 9788546216963 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
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