As investigações sobre travestilidades no Brasil não são de hoje, sobretudo escritas por nós, pessoas cis, e nosso desejo, consciente ou não, de falar sobre o que não somos. A tentativa, aqui, é de falar de um lugar desenhado pelas estruturas colonizantes para o que "não está dentro da norma": a periferia, seja para um autor bicha preta, seja para cada travesti. Essa norma colonizadora estruturou saberes orquestrados para ditar o que e quem pode estar em determinados espaços. Nesse movimento, o cárcere é um desses espaços construídos politicamente para proteger a chamada propriedade privada com a punição a quem atenta contra ela, como a identidade, por exemplo. As travestis em sistema de cárcere lidam, mais uma vez, com as toxidades do Estado e seus controles todos, contudo, tentam vivenciar o cotidiano junto às táticas de hackeamento, o que nos dá pistas dos atravessamentos de afetos, desejos e resistências sob uma educação menor. Esta educação, pensada para além da formal, revela possibilidades outras dentro de estruturas marcadas pelos sistemas estatais em que existências travestis rasgam a ordinariedade do espaço.
Peso: | 0,252 kg |
Número de páginas: | 186 |
Ano de edição: | 2021 |
ISBN 10: | 6558613220 |
ISBN 13: | 9786558613220 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexual |
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