Em ´Baú de espantos´, publicado pela primeira vez em 1986, Mario Quintana reúne num só gesto poético o passado e o futuro, através do exercício da memória e das percepções que o assaltam diante das mudanças trazidas pela modernidade. Aqui aparece menos o Quintana ecológico e mais o poeta tocado pela nostalgia da vida simples, deixada para trás pelos arranha-céus e pela agitação da cidade grande. Ao mesmo tempo, o poeta absorve o imaginário do espaço sideral para alimentar seu lirismo. Ao lado das clássicas imagens do vento, da lua, da rua de bairro, aparece aqui a nave como metáfora da viagem que é a vida - ´nau exposta aos quatro ventos,/ em pleno céu sulcado de relâmpagos´. O poeta convida o leitor a embarcar com ele numa viagem de poemas que falam de vida e morte, começo e fim, mar e céu. Em perfeita circularidade, a possibilidade do fim (fim da vida, fim das coisas simples) acaba por suscitar o retorno daquilo de que se sente saudade. Junto com a ideia de navegação, impõe-se a imagem do menino eterno por trás de cada ato de evocação e escrita poética. O garoto errante e sonhador sempre retorna nos versos de Quintana, seja como objeto, seja como o sujeito que fala. O mar da memória é um baú de maravilhas.
Peso: | 0,254 kg |
Número de páginas: | 144 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8579623073 |
ISBN 13: | 9788579623073 |
Altura: | 23 |
Largura: | 15 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
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