Sinopse

Este livro traz um relato vívido e incandescente da atmosfera que permeava a sociedade brasileira, em especial no ambiente universitário e jurídico, durante os anos que antecederam a elaboração da Carta aos brasileiros, além do texto integral da própria Carta e da lista dos primeiros subscritores. Partindo da enorme comoção causada pelos assassinatos, sob tortura, do jornalista Wladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho, nos porões do DOI-CODI, esta obra narra a perspectiva do autor sobre as iniquidades, arbitrariedades de toda ordem e violações de direitos que constituíram a marca infamante daquele regime discricionário. O autor confidencia a seus leitores que desde meados de 1976 sentia em si o fervilhar de uma multidão de ideias, quando se perguntava se não poderia dar uma contribuição pessoal e eficiente para a restauração da Democracia no País. Esse sonho mais do que um sonho, esse almejo ardente, esse anelo dominante começou a se concretizar quando Goffredo e sua mulher, Maria Eugenia, foram convidados para um almoço com os advogados Flávio Bierrenbach, José Carlos Dias e Almino Affonso. O que se passou então é contado nesta obra com viva emoção. Foi a gênese da Carta aos brasileiros, o impulso mobilizador que inspirou o autor a deixar, num documento sacramentado, a expressão do repúdio ao regime de arbítrio e prepotência que vinha infelicitando a Nação. Ao ensejo do sesquicentenário da Academia do Largo de São Francisco, ao cair da noite de 8 de agosto de 197

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