O poema acádio que aqui se apresenta em edição bilíngue, conhecido como Descida de Ishtar ao mundo dos mortos, foi conservado em duas tabuinhas de argila, escritas em cuneiforme, pertencentes à biblioteca do rei assírio Assurbanípal (685-627 a. C.).Tendo sido composto no início do primeiro milênio antes de nossa era, nele confluem tradições semitas e sumérias que remontam ao terceiro milênio, envolvendo a viagem da deusa Ishtar (em sumério, Inana) ao mundo subterrâneo dos mortos - o Kurnugu - e sua surpreendente volta dessa "terra sem retorno". A relação com a produção mais antiga não supõe demérito, pois no processo de recontar velhas histórias novos sentidos sempre emergem. Sendo Ishtar a deusa ligada à sexualidade, sua descida tem consequências de duas ordens. De um lado, implica o fim da libido sexual que impede a humanidade e os outros animais de sucumbir ao aniquilamento enquanto espécie. De outro, já que à descida da deusa segue seu retorno, a vida prevalece e relativiza-se a absoluta separação entre vivos e mortos, pela instituição de festas a estes dedicadas. O que se celebra, portanto, é a sucessão das gerações tanto em termos dos corpos, quanto da memória. A tradução pioneira em língua portuguesa, feita diretamente do acádio por Jacyntho Lins Brandão, é acompanhada de estudo sobre aspectos linguísticos, literários, mitológicos e culturais do poema. Assim, o leitor poderá ter acesso a uma das obras mais refinadas da civilização mesopotâmica antiga, em que se plasmar
Peso: | 0,39 kg |
Número de páginas: | 201 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 6580103418 |
ISBN 13: | 9786580103416 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações