A criança deve ser sempre vista como sujeito letrado, mesmo antes de adquirir a técnica de leitura, uma vez que, participando de uma sociedade que toma a escrita como instrumento cultural, base para a produção de qualquer tipo de conhecimento, o sujeito social não está imune a essa influência. A criança entra na vida escolar com seu processo de letramento já iniciado. Se a escrita é objeto cultural e a criança sujeito cultural, é desejável aprender a ler considerando-se apenas os aspectos culturais e simbólicos, e ignorando a escrita como sistema, como tecnologia? Qual a diferença entre adquirir um sistema de escrita, construir sentidos e aprender a ler? Esses movimentos se excluem? Reconhecer que tanto o processo de ler quanto o processo de aprender a ler são estratégicos é entender que as crianças, como os adultos, constituem-se como sujeitos de leitura. Dessa forma, só se pode considerar leitor aquele sujeito que processa o texto e constrói sentidos num ato solitário (individual), de maneira autônoma e subjetiva; ou seja, enquanto depender de outro para traduzir o sentido de um texto, esse sujeito não pode ser visto como leitor autônomo. A autonomia leitora na criança, por outro lado, só se constrói, inicialmente, pela via do conhecimento da tecnologia da escrita em sua relação com a oralidade, até atingir um domínio altamente simbólico e interdiscursivo que habilita a criança a uma leitura interpretativa. Nessa direção, este livro pretende trazer contribuições no sentido
Peso: | 0,2 kg |
Número de páginas: | 91 |
Ano de edição: | 2019 |
ISBN 10: | 8547315772 |
ISBN 13: | 9788547315771 |
Altura: | 21 |
Largura: | 15 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Pedagogia e Educação |
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