A idéia de que o objeto artístico filme deve tão somente agradar aos espectadores ganha cada vez mais espaço numa sociedade de mercado que transforma tudo a sua volta num produto fabricado para atender às expectativas dos consumidores. É melhor construir um filme palatável, segundo o paradigma norte-americano de sucesso de bilheteria, do que surpreender o público, muitas vezes educado a apenas gostar daquilo que lhe é reconfortante, familiar e, portanto, não desestabilizador. O produto filme/bonitinho, digestível, de fácil aceitação e recepção, passa a ser sinônimo de qualidade, enquanto a obra cinematográfica que incomoda, que provoca dor e, portanto, quebra a tranqüilidade daquele que assiste e o convida para reflexão, passa a ser um investimento de risco, cujo retorno é inviável. Quanto vale, então, um cineasta que, sem deixar de pensar no público, opta pela análise das contradições presentes na realidade sem, no entanto, atenua-las para que o produto final seja mais vendável? Quanto vale um cineasta que não segue o modelo dominante e chega a deixar o cuidado formal em segundo plano em nome da idéia que tenta compartilhar?
Peso: | 0,29 kg |
Número de páginas: | 144 |
Ano de edição: | 2005 |
ISBN 10: | 8589996107 |
ISBN 13: | 9788589996105 |
Altura: | 19 |
Largura: | 20 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Componente da série : | Livro |
Idioma : | Português |
Assuntos : | Cinema e TV |
Assuntos : | História |
Assuntos : | Teoria e Crítica Literária |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações