Depois de Galileu, Bacon e Descartes, o homem moderno não se cansou de transformar a natureza, em benefício da "supranatureza", do artefato. Francois Ost mostra como a concepção do homem "dono e senhor da natureza", se inscreve até mesmo no código civil. As definições adquiridas do direito de propriedade interditam-nos de pensar, de maneira adequada, as noções do recurso ambiental ou de património comum. É preciso, portanto, repensar quer o direito, quer a natureza. Estamos em presença de uma verdadeira crise ecológica, a deflorestação e a destruição sistemática das espécies animais, mas, antes de mais e sobretudo, a crise da nossa representação da natureza, a crise da nossa relação com ela. Crise de vínculo: já não conseguimos discernir o que nos liga ao animal, ao que tem vida, à natureza. Crise do limite: já não conseguimos discernir o que dela nos distingue. Este livro aborda a crise ecológica sob o ângulo ético e jurídico. Enquanto não for repensada a nossa relação com a natureza e enquanto não formos capazes de descobrir o que dela nos distingue e o que a ela nos liga, os nossos esforços serão em vão. François Ost refuta tanto as teses do humanismo abstrato à maneira de Luc Ferry, que não fornece os meios de pensar a complexidade das relações do homem-natureza, como as da "ecologia profunda", que se coíbe de toda a possibilidade de agir racionalmente, sacralizando a natureza.
Peso: | 0,56 kg |
Número de páginas: | 400 |
Ano de edição: | 1997 |
ISBN 10: | 9728407246 |
ISBN 13: | 9789728407247 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Direito Civil |
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