Imaginemos que o leitor assiste, pela primeira vez a uma audiência. Esta obra dedica-se a desvendar, a esse mesmo ritual, todas as facetas, demonstrando, por exemplo, como o espaço da sala de audiências está arramado para culpabilizar e inibir o arguido, para o submeter à ordem judicial. Poderão os juízes passar sem todas estas encenações para julgar bem? É a esta questão que se prende a reflexão de Antoine Garapon através da comparação dos sistemas judiciários francês e americano, da análise da intrusão dos media no período do processo e do recurso a certas obras de Esquilo, Freud e Kafka. Se a filosofia do direito é uma procura do justo in abstrato através do ideal e da regra, este livro demonstra que a busca do "julgar bem" obriga à imersão in concreto na experiência do ato de julgar. Assim, não existe julgamento "puro" porque, fazendo quotidianamente a experiência do mal, da crueldade dos homens, da resistência dos factos, do carácter perecível da cidade política, da fragilidade das provas e da exclusão da verdade, a justiça encontra-se em luta com a matéria humana bruta. ANTOINE GARAPON, antigo juiz do Tribunal de Menores, é membro do comité de redacção da revista Esprit e dirige o Instituto de Altos Estudos de Justiça, em França. Ë autor de várias obras, entre elas o Instituto Piaget já publicou o Guardador de Promessas e A Justiça e o Mal.
Peso: | 1,1 kg |
Número de páginas: | 346 |
Ano de edição: | 2000 |
ISBN 10: | 9727711588 |
ISBN 13: | 9789727711581 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Concursos & Exames |
Assuntos : | Legislação e Códigos |
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