Fazer amor é um ato sem importância, já que se pode fazê-lo indefinidamente abre o provocador romance. A narrativa se passa em 1920, dezoito anos à frente da data de publicação, o que explica, em parte, o subtítulo romance moderno. Irreverente, erótico, repleto de jogos de linguagem e de elementos que parecem ter sido retirados de uma obra de ficção científica, o livro relata a saga de um homem capaz de realizar o ato amoroso em escala sobre-humana. Embora tenha importância indiscutível, a sexualidade não é a única questão debatida. A disputa entre um trem capaz de atingir velocidades inimagináveis e uma equipe de ciclistas cuja energia provém unicamente do inovador Alimento do Movimento Perpétuo , bem como a invenção de um dispositivo capaz, ao menos em teoria, de incutir sentimentos, colocam o amor e a relação entre homem e máquina lado a lado. Por meio do corpo, testam-se limites, sejam eles sexuais ou esportivos, e confundem-se o prazer físico e o desejo de quebrar recordes. A obra de Jarry expõe uma sociedade em que o ser humano se fortalecia pelos avanços da ciência e, ao mesmo tempo, ficava cada vez mais submetido a ela. Em sua busca pelo absoluto, teria o homem, ele próprio, se transformado em máquina Situando fora de seu tempo uma discussão que, paradoxalmente, encontrava eco nas reflexões da época sobre o amor e o desejo, Jarry compôs um romance cuja atualidade permanece intocada e onde se ouvem ecos do super-homem de Nietzsche.
Peso: | 0,37 kg |
Número de páginas: | 176 |
Ano de edição: | 2016 |
ISBN 10: | 8592886112 |
ISBN 13: | 9788592886110 |
Altura: | 24 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Estrangeira |
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