A história política sofreu um tsunami e, nas últimas três décadas, sua paisagem não cessou de se modificar. Após esse abalo foi o pensamento crítico que teve a maior dificuldade em produzir argumentos fortes. O neoliberalismo e a mercantilização da política levaram de roldão as utopias e jogaram os agentes políticos da resistência em direção a um conformismo que, não raro, os colocaram em um alinhamento político conservador. Portanto, nada mais importante do que um livro como este. Antonio Negri tem tentado reinventar a política, sobretudo a prática das esquerdas, introduzindo e repaginando uma série de conceitos. Não por acaso, este livro, editado por Adrián Cangi e Ariel Pennisi, vem de uma obra compilada na Argentina: a escuta que Negri encontra na América Latina é particularmente grande. Temos muito a dialogar com sua obra. A crise (endêmica) econômica, misturada à crise da representação política, tem provocado uma nova onda de ocupações do espaço público na América Latina e pelo mundo afora. O Estado, como agente do capital financeiro, tem tido dificuldades em enfrentar essas novas ondas que emanam do que Negri, com Spinoza, chama de manifestações da ´multidão´. Essa categoria política não tem nada a ver com a de ´massas´, que esteve, no século XX, no centro dos fascismos. Para Negri, na era do biopoder, encarnado no que ele denomina de biocapitalismo, deve-se inventar a biopolítica. As lutas operárias obrigaram o capital a se deslocar cada vez mais para a administração
Peso: | 0,179 kg |
Número de páginas: | 144 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8573214740 |
ISBN 13: | 9788573214741 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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