Se bem que relativamente tardia, é complexa e matizada a reflexão husserliana sobre a cultura e, em particular, o significado do Ocidente. Para Husserl, A cultura filosófica é a cultura da Razão. Nesse sentido, a Filosofia não é europeia. Pelo contrário, é a Europa que é filosófica. E a grandeza da Europa filosófica, o seu estatuto de “arconte” da Humanidade, não se confunde com qualquer projeto de domínio protagonizado por um povo, mas com o modo como ela, na finitude das suas formas de cultura, é o fenômeno da ideia infinita de uma cultura racional que pode, sem limites, tornar-se a cultura de uma Humanidade universal. A supranacionalidade europeia não será, por isso, um projeto de dominação para uso dos “europeus”, mas a ideia de uma humanidade autêntica, congregada nas tarefas infinitas de realização da Razão, que jamais poderão alcançar uma forma final e definitiva, apta para uma repetição regular ou para uma imitação puramente exterior. O opúsculo sobre a crise da humanidade europeia, de 1935, juntamente com os artigos para a revista japonesa Kaizo, de 1923-24, sobre renovação, são peças essenciais da reflexão de Husserl sobre a cultura ocidental e sobre o papel determinante que nela desempenha a ideia de Filosofia. São eles que se oferecem aqui, nesta primeira tradução para Língua Portuguesa, sob o título genérico de Europa: Crise e Renovação.
Peso: | 0,27 kg |
Número de páginas: | 176 |
Ano de edição: | 2014 |
ISBN 10: | 8530958268 |
ISBN 13: | 9788530958268 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | História |
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