Neste livro é habitual encontrar críticos que sabiam ver, mas é muito mais raro encontrar um crítico que sabia escutar. E este é um desses casos, porque quando Natalia escreve que “as pessoas são fragmentadas pelo enquadramento – os corpos se insinuam mais do que mostram, tal como os personagem sussurraram mais do que verdadeiramente falam”, lê nesse sussurro uma logica de desejo, das crenças e das classes sociais. E faz com que o leitor perceba como, em um som, podem ser notados diferentes níveis de sentido. Porque, como vemos no livro, “o som é a melhor maneira de compartilhar a percepção de alguém”. Guiando-se no labirinto de Lucrecia Martel só pela massa de sons, a autora analisa a família e o catolicismo, chaves no mundo de Martel. E, de um modo mais inesperado, a influência dos westerns e dos filmes de terror de classe B, o peso das narrativas orais de Salta e o diálogo com a literatura de Horacio Quiroga e Silvina Ocampo. Este livro, de todos os modos, não desfruta somente como crítica de cinema. Também pode ser lido como estudo de critica comparada: não no sentido do que se confronta a filmografia de dois países (Brasil e Argentina), mas em um sentido muito mais profundo. É o olhar de uma brasileira sobre a obra fílmica de uma diretora argentina.
Peso: | 0,26 kg |
Número de páginas: | 223 |
Ano de edição: | 2013 |
ISBN 10: | 8579392284 |
ISBN 13: | 9788579392283 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Cinema e TV |
Assuntos : | História |
Assuntos : | Psicanálise |
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