Sòhòkwe (pronuncia-se Sorroquê, como se houvesse trema na sílaba fi nal) é aqui situado no candomblé fon (jeje). Pelo idioma fon, alguns autores traduzem o fonema sòhò, com o signifi cado de guardião, e kwe como casa, moradia. Mas é com o nome de Xoroquê que mais conhecemos essa divindade. Será a mesma cultuada entre iorubás, fons e alguns outros segmentos religiosos? Será que os sacerdotes compartilham da mesma defi nição de arquétipos? É um vodum ou orixá? Como devemos cultuá-lo, afi nal? Foi por meio da tradição oral que a cultura dos nossos ancestrais africanos chegou até nós. Práticas de distintos rituais de regulação da vida e um grande patrimônio de histórias míticas fundadoras de diversas sociedades, por exemplo, atravessaram o atlântico dentro dos insalubres navios que transportavam os negros escravizados. Muitos foram os que não sobreviveram a travessia entre os continentes. Mas a memória, preservada pela voz, chegou até nossas terras e conquistou espaço entre os que aqui habitavam. No entanto, a palavra, por ser imaterial, se mistura, se integra e se transforma. E foi justamente isso que aconteceu quando pessoas de variadas regiões e nações africanas foram obrigadas a conviver juntas dentro das senzalas: o divino também sofreu as mudanças de seu povo. Entre elas, está o tema deste livro. O segredo e o silêncio como estratégia de preservação e defesa frente as ameaças são, paradoxalmente, a base das religiões afro-brasileiras surgidas pela fala. Entretanto, saber a
Peso: | 0,173 kg |
Número de páginas: | 136 |
Ano de edição: | 2012 |
ISBN 10: | 8534704872 |
ISBN 13: | 9788534704878 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Religião |
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