eorg Simmel (1858-1918) continua pouco lido e, mesmo, ignorado — não raro, de modo intencional. O motivo é nítido: desde o início revelou-se um pensador que não seguia os trilhos ideológicos reconhecidos e abençoados, na universidade e fora dela. No entanto, é um pensador fundamental para a compreensão não apenas de seu tempo como do mundo atual. Em A tragédia da cultura, sem perder tempo com as ideias batidas e superficiais de cultura — derivadas de uma primeira antropologia e em seguida postas a serviço da economia e da ideologia —, mostra como a cultura é o percurso do ser humano rumo a si mesmo num processo de ampliação constante de sua existência. Mas não esconde que a cultura, hoje mais que nunca, aceita uma lógica que a afasta sempre mais daquilo que poderia oferecer... Georg Simmel pensou fora da caixa, o que torna sem sentido apresentá-lo como filósofo e sociólogo ou coisa análoga: mentes poderosas transgridem fronteiras. Simmel interessava-se por pensar o mundo e a vida, a pessoa e a arte, a cidade mais do que o Estado, a cultura e sua fragmentação já naquele tempo. Antecedeu muita gente boa, como Walter Benjamin em seu interesse pela metrópole; ou como Marshall McLuhan, ao mostrar como forma (“meio”) e conteúdo (a “mensagem”) interagem e determinam-se mutuamente. E interessou-se por temas que a sociologia oficial da época — e aquela em vigor ainda no século 20 por suas décadas todas e as do 21 — consideravam irrelevantes, secundários ou periféricos em relação à eco
Peso: | 0,25 kg |
Número de páginas: | 128 |
Ano de edição: | 2020 |
ISBN 10: | 6555190701 |
ISBN 13: | 9786555190700 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Filosofia |
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