Desde os anos 1970, Sergio Miceli se destacou como estudioso da trajetória de intelectuais. Seus muitos trabalhos transformaram o modo de entender as relações entre cultura e sociedade. Este livro dá continuidade a esse projeto singular. No centro da análise estão Carlos Drummond de Andrade e seus contemporâneos em Minas Gerais. Aos vinte e poucos anos, Drummond dispunha de menos trunfos que os colegas. Sua formação dera-se em farmácia — o caminho natural seria o direito. Havia acabado de consumar um casamento que não lhe trouxe capital econômico ou social. E sua família estava falida. A proximidade com Gustavo Capanema, interventor em Minas e mais tarde homem forte do Estado Novo, é a chave que torna inteligível não só o seu percurso profissional na juventude, mas também as possibilidades de sua expressão poética. Se a contribuição da obra de Drummond não pode ser reduzida a essa circunstância — e Miceli é o primeiro a reconhecer isso —, ela também não pode ser entendida longe desse contexto. Lira mensageira traz ainda olhares sobre o modernismo paulista e sobre a classe política na Era Vargas. Em ensaio com foco nas obras de estreia de Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Ribeiro Couto, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, Miceli traça um panorama do escrete literário que integraria a Semana de 22, cravejado de tensões que seriam diluídas na fortuna crítica posterior. No terceiro e último texto, o autor examina a elite política dos a
Peso: | 0,34 kg |
Número de páginas: | 264 |
Ano de edição: | 2022 |
ISBN 10: | 6556922242 |
ISBN 13: | 9786556922249 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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